Tradução: a Carla bateu com o carro do Nuno.
A Beatriz ontem não parava de dizer isto, cada vez que via alguém lá contava ela o que tinha acontecido, com linguagem gestual e tudo, pois sempre que dizia pum levantava e depois baixava os braços com força.
O que se passou foi que eu na quarta-feira de manhã, a sair da garagem bati com o carro, felizmente ninguem se magou e a Bé nem estava dentro do carro, estava à porta da garagem com a minha sogra, mas assustou-se imenso e esteve algum tempo a chorar, nem queria aproximar-se do carro, quanto mais entrar nele. Só apontava para o meu carro, que queria ir para lá, depois lá se acalmou e entrou no carro do meu marido, mas ontem voltou a lembrar-se do sucedido.
Na altura chamei o meu marido para ver a borrada que eu tinha feito e depois de ele ter acalmado a Beatriz, que era a nossa grande preocupação, o que é que ele disse? Nada de jeito! Podia ter dito que eu só faço m****, como sou azelha, que a maneira como bati foi mesmo muito estúpida, mas não, disse apenas que são coisas que acontecem e que também lhe podia ter acontecido a ele (não podia nada, mas enfim...), e assim uma pessoa ainda se sente pior pois eu merecia ouvir um belo raspanete e o marido não me deu.